
UMA LINHA DE CHEGADA INESQUECÍVEL
-Papai, eu nunca vi o senhor no triatlo.
Era a vozinha da Laura minha primeira filha , então com 7 anos, olhando para os portas retratos. L
Eu tinha 34 e havia deixado de competir a 5 anos. Às 4.15 da manhã do dia seguinte, o despertador tocou e só ouvi (antes de sair de fininho...) minha mulher dizer: Eu não acredito que você vai treinar !!!
Fui .
Faltavam 65 dias para o triatlo do Rio e eu sabia que ia sofrer na prova, o que não é bom.
Sofri.
Na maratona , nos quilômetros finais, já na Vieira Souto , pisei em falso numa pedra portuguesa e torci o tornozelo.
Acabou ! Foi o que pensei de imediato. Parei . Passei um gelo e de repente resolvi continuar. O corpo quente tinha que ajudar.
Me arrastei e quando cheguei na Francisco Otaviano sabia que estava a 200 m da linha de chegada.
Mais à frente vi minha filha pulando na linha de chegada e corri aqueles últimos metros como um campeão.
Cheguei entre os últimos mas a felicidade de vencedor estava ali no abraço da Laura.
Na linha de chegada.
Foto Viva triátlon do Rio de Janeiro 1984
